Livros

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Embora não existam raças humanas em termos biológicos, os preconceitos raciais permanecem vivos nas mentes de muitos seres humanos, tornando-os propensos a atitudes discriminatórias e intolerantes. Em contraste com nossas expectativas mais otimistas, a escola ainda contribui para a manutenção dos preconceitos e para a exclusão de negros, gerando consequências danosas para o processo de formação educacional, a capacitação profissional e a construção da identidade desses indivíduos. Neste livro, discutimos os obstáculos encontrados pelos estudantes negros em sua trajetória escolar e refletimos sobre as origens culturais, históricas e sociais desses obstáculos e suas consequências. Tratamos da importância de os currículos escolares enfrentarem pedagogicamente esse problema difícil, começando pela adoção das políticas de ações afirmativas em favor da igualdade racial, a exemplo da Lei nº 10.639/2003, que institui a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira.

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O ano de 2009 marca o centenário de nascimento de dom Helder Camara, talvez a figura mais brilhante e polêmica que a Igreja brasileira já produziu. Chamado pela imprensa ora de “bispo vermelho” ora de “santo rebelde”, Helder Camara foi amado pelo povo e odiado pela alta cúpula dos governos militares. Por isso mesmo os julgamentos a seu respeito se polarizam. é fácil transformá-lo em figura mítica com postura rebelde, acima do bem e do mal. Em virtude de sua pregação libertadora em defesa dos mais pobres – que ultrapassou as fronteiras nacionais e continentais – e de sua atuação política e social, foi perseguido e caluniado. é igualmente fácil dizer que ele era o típico padre de passeata, pregador de utopias, manipulador de massas com discurso que misturava Deus e Marx. Difícil é manter a isenção diante de figura tão poderosa. Daí a importância deste livro, escrito por Nelson Piletti e Walter Praxedes. A obra – resultado de intensa pesquisa, numerosas entrevistas e análise objetiva de documentação farta e inédita – não investiga apenas a trajetória de dom Helder. Como toda boa biografia deveria fazer, situa o biografado na História do Brasil, estuda as relações entre militares e a Igreja brasileira e entre esta e o Vaticano. Pela importância do biografado, pelo período que analisa, pela escrita elegante e gostosa de ler, esta obra está destinada a ocupar a atenção dos leitores.

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A história do Mercosul é fundamental para entender os novos rumos da globalização econômica e da formação de blocos regionais. E permite entender as conseqüências desse processo para o Brasil e a América Latina em geral.

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Questa sorprendente biografia di dom Hélder Câmara racconta al lettore una figura carismatica di uomo e di pastore. Disegna la traiettoria evolutiva di un’esistenza emblematica e travagliata. Si tratta innanzitutto dell’evoluzione del personaggio, uno dei maggiori leader religiosi del Brasile degli ultimi cent’anni. Ma questa crescita interiore e intellettuale segna nondimeno una ‘conversione’ della Chiesa: da alleata del potere a testimone di libertà e giustizia, da pilastro del conservatorismo a profezia dell’amore preferenziale per i poveri.
Prendendo in considerazione gli aspetti eroici così come le vicissitudini umane di una personalità divenuta un punto di riferimento a livello mondiale, quest’opera contribuisce con grande efficacia a chiarire alcuni aspetti della relazione fra Chiesa cattolica e regime autoritario, a delineare i tratti di un progetto di Chiesa aperta al mondo.
Additato dagli avversari prima come «difensore degli adepti di Adolf Hitler in Brasile», e poi denunciato come «vescovo rosso» o come «Fidel Castro in talare», dom Câmara, autentico protagonista della storia del nostro tempo, è stato paragonato persino a Francesco d’Assisi.
Le vicende cruciali della vita e della lotta dell’arcivescovo di Olinda e Recife sono narrate in questa biografia con una pregevole ricchezza di dettagli, ottenuta grazie a numerose interviste e mediante un’analisi il più possibile obiettiva di una copiosissima documentazione, anche inedita.

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Nesta biografia, a figura carismática de dom Hélder Câmara surge diante do leitor, a princípio como um ardoroso militante integralista nos anos 30 e, com o passar do tempo, com contornos cada vez mais libertários, até tornar-se ‘persona non grata’ na ditadura militar nos anos 70. O livro retrata os aspectos heróicos e as vicissitudes humanas de uma personalidade de inquestionável importância de nossa história recente e contemporânea. Esclarece ainda aspectos do relacionamento entre a Igreja católica e o regime militar pós-64, trazendo à tona informações até o momento conhecidas somente nas cúpulas do Estado e da Igreja.

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Este livro expõe o tratamento que grandes pensadores e estudiosos dispensaram a um conjunto de temas clássicos e contemporâneos relevantes para a disciplina de sociologia da educação. Nelson Piletti e Walter Praxedes discutem o que cada abordagem ou estudo evidencia ou deixa de evidenciar. Dessa forma, desfilam pelo livro os pressupostos nos quais os autores estudados acreditavam e que os motivaram a formular suas teorias sociológicas sobre a educação. De início, aborda os pensadores – Auguste Comte, Durkheim, Max Weber e Karl Marx, que considera a educação uma relação social entre os membros da sociedade e as classes sociais em luta. Ao lado das ideias desses teóricos, apresenta outros autores que realizaram trabalhos relevantes na área, enfocando aspectos pouco desenvolvidos ou ausentes no pensamento dos clássicos, como Karl Mannheim, Antonio Gramsci, Louis Althusser, István Mészáros, Michel Foucault, Jurgen Habermas, Pierre Bourdieu, e brasileiros como Florestan Fernandes e Fernando de Azevedo. Trata ainda das pesquisas em sociologia da educação inspiradas no marxismo e realizadas no Brasil, marcadas pela divergência na sua elaboração e pelo debate teórico e político.

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